Debate na Escola Drº Mota Silveira

No dia 25 de maio de 2010 a Coordenadoria da Mulher do Bom Jardim participou de um debate sobre o tema “Convivência Familiar e o desenvolvimento emocional de crianças e adolescentes” com as famílias dos alunos dos 2ºs e 3ºs da Escola de Referência em Ensino Médio Dr. Mota Silveira.
Com esse encontro, a Coordenadoria da Mulher pretende fomentar com a comunidade escolar do município debates referente às novas configurações familiares e violência doméstica contra a mulher iniciando assim o plano de ação preventiva no município do Bom Jardim.

18 DE MAIO Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
















Esse dia foi escolhido, porque em 18 de maio de 1973, em Vitória–ES, um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Crime Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas 08 anos de idade, que foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens de classe média alta. Esse crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune.
O Conselho Municipal dos Direito da Criança e do Adolescente juntamente com o Conselho Tutelar, Secretaria de Assistência Social, Secretaria de Educação,Coordenadoria da Mulher, CREAS Regional e escolas da rede municipal, estadual e privada saíram neste dia 18 de maio de 2010 em caminhada pelas ruas da cidade em protesto ao ABUSO E EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLOSCENTES. Culminado com uma palestra no auditório do Colégio Sant"Ana.

Poema: Confissão de uma Vítima de Violência Doméstica

Sou um corpo que deambula ao acaso,
Que vive com medo todo o dia.
Amostra de ser mal amado
Sem conhecer felicidade e alegria.

Uma mulher constantemente criticada
Que chora apenas escondida,
Consciente que não vale nada,
E a imagem totalmente denegrida.

Escondo os hematomas como sei.
Habituei-me há muito a mentir...
Vivo uma vida como nunca pensei,
Com a maior parte do tempo a fingir.

Esta mão, assim queimada, e a doer,
É porque sou tão distraída...
Meti-a numa panela a ferver
E fiquei tão arrependida.

Tapo as nódoas negras com roupa
De Inverno, mesmo no Verão.
Apenas porque sou meia louca
Passo a vida a cair ao chão.

A boca, assim cortada,
Foi apenas porque sorri...
Não sei estar calada...
Apanhei porque mereci.

Quando parti o braço direito,
Foi porque me maquilhei nesse dia.
Mas afinal, foi bem feito,
Porque parecia uma vadia.

O meu corpo está tão cansado
Não aprendo a me comportar
Para viver bem com meu amado,
Que tudo faz por me amar.

Farta dos meus erros e maldade
Subo até ao vigésimo andar!
Salto, enfim, para a liberdade,
E já sou feliz... a voar!

Vera Sousa Silva

A HISTÓRIA DE MARIA DA PENHA

A biofarmacêutica Maria da Penha Maia lutou durante 20 anos para ver seu agressor condenado. Ela virou símbolo contra a violência doméstica.
Em 1983, o marido de Maria da Penha Maia, o professor universitário Marco Antonio Herredia, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez, deu um tiro e ela ficou paraplégica. Na segunda, tentou eletrocutá-la. Na ocasião, ela tinha 38 anos e três filhas, entre 6 e 2 anos de idade.
A investigação começou em junho do mesmo ano, mas a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro de 1984. Oito anos depois, Herredia foi condenado a oito anos de prisão, mas usou de recursos jurídicos para protelar o cumprimento da pena.
O caso chegou à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), que acatou, pela primeira vez, a denúncia de um crime de violência doméstica. Herredia foi preso em 28 de outubro de 2002 e cumpriu dois anos de prisão. Hoje, está em liberdade.
Após às tentativas de homicídio, Maria da Penha Maia começou a atuar em movimentos sociais contra violência e impunidade e hoje é coordenadora de Estudos, Pesquisas e Publicações da Associação de Parentes e Amigos de Vítimas de Violência (APAVV) no seu estado, o Ceará.
Ela comemorou a aprovação da lei. "Eu acho que a sociedade estava aguardando essa lei. A mulher não tem mais vergonha [de denunciar]. Ela não tinha condição de denunciar e se atendida na preservação da sua vida", lembrou. Maria da Penha recomenda que a mulher denuncie a partir da primeira agressão. "Não adianta conviver. Porque a cada dia essa agressão vai aumentar e terminar em assassinato."

ALGUMAS COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A LEI MARIA DA PENHA:

Entre as várias formas de violência doméstica, a Lei Maria da Penha classifica:
Bater, chutar, gritar, xingar, quebrar móveis, rasgar documentos, ameaçar.

O QUE VOCÊ PODE E DEVE FAZER:
1. Procurar a autoridade Policial (Delegacia de Polícia Civil) para prestar queixa;
2. Procurar a Coordenadoria da Mulher a fim de ser encaminhada para receber atendimento gratuito de psicóloga, advogada e assistente social;
3. Dar continuidade ao processo perante o Poder Judiciário;

PARA A MULHER VIOLENTADA, SÃO DIREITOS GARANTIDOS PELA LEI:
1. Solicitar medida protetiva de segurança, incluindo o afastamento do agressor de casa e de freqüentar determinados locais;
2. Acesso gratuito aos serviços médicos necessários e cabíveis nos casos de violência sexual;
3. Inclusão no cadastro de programas assistenciais dos governos federal, estadual e municipal.
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER É CRIME!
DENUNCIE!

CAMPANHA DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER






A prefeitura Municipal de Bom Jardim através da Secretaria Municipal de Assistência Social e da Coordenadoria Municipal da Mulher de Bom Jardim em parceria com a Secretaria Estadual da Mulher do Estado de Pernambuco, realizou no dia 02 de abril de 2010 durante o Espetáculo da Paixão de Cristo a Campanha Permanente VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER É COISA DE OUTRA CULTURA. Várias pessoas participaram desse ato de conscientização e cidadania. Algumas autoridades se fizeram presentes como o Secretário de Assistência Social ( Célio Borges) A secretária de Finanças ( Elizangela Braz), Os vereadores Vitor e Genario que mostraram sua disponibilidade e sensibilidade as mulheres de nosso município.
Na ocasião foram distribuídos panfletos informativos, leques e mosquitinhos. Distribuímos mungunzá a todas as pessoas, e na oportunidade conversamos sobre os direitos das mulheres para uma vida sem violência.

I Encontro de Sensibilização de Agentes Públicos no Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Direitos Humanos e Igualdade de Gêneros






A Coordenadoria da Mulher do Bom Jardim juntamente com a Secretaria de Assistência Social e Secretaria de Educação realizou nos dias 06 e 07 de maio de 2010 no auditório Levino Ferreira, localizado no prédio sede da Prefeitura Municipal, o I Encontro de sensibilização de Agentes Públicos no Enfretamento a Violência contra a Mulher, Direitos Humanos e Igualdade de Gêneros .
Estiveram presentes representantes de 14 (quatorze) escolas públicas sendo, 13 (treze) municipais e uma estadual, três escolas privadas, uma creche municipal, um representante da Secretaria da Assistência Social, um representante do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Municipal, três representantes do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) Regional Agreste Setentrional e uma estudante de psicologia somando um público aproximado de 30 pessoas.
No dia 06/05/10 o evento teve início com o pronunciamento da Coordenadora Municipal da Mulher Ana Paula Lima Duarte que proferiu as boas vindas aos participantes. Em seguida, o facilitador Epitácio Nunes, mestre em psicologia, expôs o tema “Gênero e Sexualidade Humana” das 09h às 12h.
Ao retornar, deu-se início à Oficina “Como se constrói a violência contra a mulher?” facilitada pela psicóloga Valdinete Barbosa, especialista em Intervenções em Psicologia da Família e Realidade Social, no horário de 1h30 às 16h.
As atividades do dia 07/05/10, tiveram início com a apresentação da experiência acadêmica dos alunos monitores da Escola de Referência em Ensino Médio Dr. Mota Silveira por meio da disciplina de Direitos Humanos e Cidadania,tendo início em abril do corrente ano. Entre outros temas explorados pelo referido projeto, destacam-se as temáticas: A mulher brasileira na família, A mulher construindo a igualdade de gênero e as Conquistas das mulheres. Por tratar-se de assuntos e atividades de interesse mútuo, a Coordenadoria da Mulher do Bom Jardim realizará posterior contato com a referida escola no sentido de estabelecer parcerias oara mobilizações e eventos futuros.
Após a apresentação dos discentes a técnica do CREAS Regional, Penélope Regina deu início à Oficina sobre “Direitos Humanos”. Na ocasião, a facilitadora propôs aos participantes que formassem grupos visando a elaboração de um plano de ação pedagógico envolvendo as temáticas abordadas pelos oficineiros até aquele momento.
O evento teve seu término por volta das 12h, após a apresentação dos grupos e uma dinâmica de grupo seguida de reflexão sobre a necessidade do trabalho em rede. De acordo com as avaliações, 30% dos participantes gostariam de discutir temas relativos à Pedofilia e Exploração Sexual de meninas nas próximas oficinas promovidas por esta Coordenadoria, o que demandará suporte técnico de outros órgãos ou instituições competentes na área.
Após esta ação, a Coordenadoria da Mulher pretende intensificar as articulações com os equipamentos sociais representados na cidade de Bom Jardim nos âmbitos municipal e estadual.